Rio chegou à marca de 2,60 metros na manhã de quinta (22). Aumento no volume aconteceu depois que chuvas caíram na cabeceira do Madeira, na Bolívia.
A Defesa Civil comemorou o aumento no volume de água do rio Madeira, em Porto Velho, após uma chuva que caiu na cabeceira do rio, na Bolívia. A comemoração acontece depois que, na última segunda-feira (19), foi registrado a menor cota da série histórica, marcando 1,44 metros.
Ao g1, o gerente de operação da Defesa Civil, Anderson Luiz, pontuou a importância da chuva na cabeceira do rio.
“Fazia tempo que não tinha uma chuva considerável, mas com essa, teve um aumento de 30 milímetros. Para toda a água da chuva chegar aqui em Porto Velho, leva uns três dias. O rio pode chegar até 3 metros, o que é um alívio para nós e para as comunidades ribeirinhas”, disse.
Defesa Civil comemora aumento de 30mm de água no rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Jheniffer Núbia/ g1
O gerente explica que, com a estiagem, famílias ribeirinhas que dependem do rio, precisam ser atendidas.
“Eles [ribeirinhos] usam a água do rio Madeira para consumo. Mas com a estiagem, acabam nem tendo água para beber. A gente faz todo o percurso de baixo, médio e alto Madeira, levando água potável, hipoclorito e kits de higiene”.
As ações da Defesa Civil seguem até o próximo mês, época de início das chuvas, conhecido como o período de inverno amazônico.
“No nosso cronograma já é esperado tais ações durante esse período. No período das chuvas a gente trabalha, assim como na época da estiagem”.
Defesa Civil diz que por conta da chuva na cabeceira de rio, o Madeira pode chegar até 3 metros — Foto: Jheniffer Núbia/ g1
De acordo com a Defesa Civil, mais de 150 famílias ribeirinhas têm sido assistidas durante esse período. Dessas, mais de 90 à margem esquerda, onde o acesso é por terra e no baixo madeira, onde o acesso só é possível por barco, mais de 60 famílias.
‘Arroto do Madeira’
Quando os bancos de areia começam a tomar conta do percurso do rio Madeira, os ribeirinhos usam o dialeto popular: “arroto do Madeira”. A Maria de Fátima explica que “arroto” é um buraco feito por garimpeiros e que são vistos na época da seca e que, na época das chuvas, como estão encobertos pela água, acabam sendo motivos de acidentes no rio.
“O arroto é um lugar onde os garimpeiros cavam, cavam, cavam aí fica um buraco. Eles cobrem esse buraco com areia. Quando tem a seca, ele chupa a areia. Muitas pessoas já caíram nesse arroto que tem em frente a uma outra comunidade”.
Seca do rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Ruan Gabriel
O professor de história Célio Leandro, mestre pela PUC, explica que em Porto Velho, na década de 90, o dialeto “arroto do Madeira” surgiu por causa de uma praia que se formava durante a seca.
“Arroto do Madeira foi uma paródia dada a um pequeno banco de areia que surgiu quase em frente ao Cai N’agua. Lá desembocava um esgoto da cidade. Como os bancos de areia por aqui chamamos de praia, la passou a ser frequentada. À época ficou tão famosa a praia, que tinha até concurso de miss Arroto do Madeira”, conta o historiador.
Seca do rio Madeira em Porto Velho (2022) — Foto: Ruan Gabriel
Ribeirinhos afetados
Uma das comunidades afetadas é a Terra Firme, localizada à margem esquerda do rio Madeira. Maria De Fátima, presidente da associação de moradores da comunidade, disse que as doações de água potável não são regulares, por isso, os moradores buscam por nascentes de água na floresta.
“O rio Madeira está poluído. É impossível ingerir a água do Madeira, ainda mais nesta época. Além de ter uma grande quantidade de mercúrio”, disse.
Segundo a presidente, um poço artesiano foi solicitado pela comunidade. A perfuração adequada e a água que o poço disponibilizaria ajudaria diretamente na questão da falta de água potável.
“Há 15 anos eu peço por um paço aqui. Entra ano e sai ano e nada da nossa água. A gente precisa ser visto como pessoa”, pontua.
Além das mais de 25 famílias que moram em Terra Firme, os animais e as plantações cultivadas na comunidade também sofrem com a falta de água.
“A gente não consegue usar os mangueirões para puxar a água do Madeira, pois o nível da água está tão baixo que a gente não consegue. Os animais estão morrendo. As plantações estão morrendo”.
A ferrugem que está na água do rio Madeira fica presa na fibra da caixa d’água — Foto: Defesa Civil/ Reprodução
Anderson Luiz explica que por conta da estiagem, a água do rio Madeira tem um aumento no teor de ferrugem, o que torna a água intragável.
“Essa água tem muita ferrugem. Não tem como consumir uma água dessa. Mesmo que coloque hipoclorito e deixe de um dia para o outro, é impossível. Fica com mau gosto”.
E o porto?
O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH) que destacou que na montagem do calendário anual dos portos, já consta o tempo da estiagem.
Com isso, as ações para a época da cheia e de seca são antecipadas, não afetando as operações realizadas no local e nem a questão econômica.
Por conta das estiagens, a Capitania Fluvial de Porto Velho emitiu uma portaria que proibiu a navegação noturna no rio, que na época, marcava 3,48 metros.
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