Futuro ministro comentou declaração de Bolsonaro; chefe do Executivo disse a apoiadores que “nada está perdido”
Sérgio Lima/Poder360 09.dez.2022
O governador da Bahia, Rui Costa, foi anunciado como futuro ministro da Casa Civil; ele afirmou que Lula pediu aos futuros ministros que ajudem a pacificar e unir o Brasil
Emilly Behnke
09.dez.2022 (sexta-feira) – 21h09
O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse nesta 6ª feira (9.dez.2022) que “bravatas” não vão tirar o Brasil do caminho da democracia. Deu a declaração a jornalistas ao comentar a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL), que conversou com apoiadores pela 1ª vez desde a derrota nas eleições.
“O povo brasileiro e o Brasil têm claro qual caminho quer seguir, é o caminho da democracia, é o caminho da liberdade de expressão, da geração de emprego. Bravatas não vão tirar o povo brasileiro e o Brasil deste caminho”, disse Costa, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição, em Brasília.
O governador da Bahia também declarou que as “experiências de quem não quer abraçar a democracia não progrediram” em outros países. Desde o 2º turno, manifestantes têm questionado o resultado das eleições e promovido concentrações em frente a quartéis.
Na tarde desta 6ª feira, Bolsonaro disse a seus apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que “tudo dará certo” em um “momento oportuno”. Afirmou que “nada está perdido” e mencionou ser o “chefe supremo” das Forças Armadas.
“Diferentemente de outras pessoas, vamos vencer […] Nunca saí das 4 linhas da Constituição e acredito que a vitória será também dessa maneira”, disse o chefe do Executivo.
Na entrevista a jornalistas, Rui Costa afirmou que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu um esforço dos futuros integrantes do governo para unificar o país.
“O que nós precisamos hoje mais do que nunca é unir e juntar o país. Essa é uma tarefa que todos os ministros terão que construir e é um pedido do presidente Lula de pacificar o país, de unir o país”, afirmou o futuro ministro.
Segundo ele, o governo buscará agir com “transversalidade” e o priorizará o diálogo. “A oposição faz parte da democracia, ninguém pode ter medo. A oposição será tanto menor quanto mais a gente trabalhe, quanto mais resultado a gente apresente”, declarou.